abril 24, 2011

Borboleta

Este foi o presente de Páscoa que a Natureza me mandou!

Palmitão da Páscoa







em preparo





Palmito ao natural

UM DEVOGADO DUS BÃO...

> UM ADEVOGADO DUS BÃO.> > (mandada pela amiga Zilda, de Divinópolis)


Dizem que aconteceu em Minas Gerais, em Ubá, cidade onde nasceu o genial> compositor Ary Barroso.> >
Na cidade havia um senhor cujo apelido era Cabeção. Nascera com uma cabeça> grande, dessas cuja boina dá pra botar dentro, fácil, fácil, uma dúzia de> laranjas.> >

Mas fora isso, era um cara pacato, bonachão e paciente.> > Não gostava, é claro, de ser chamado de Cabeção, mas desde os tempos do grupo> escolar, tinha um chato que não perdoava. Onde quer que o encontrasse, lhe dava> um tapa na cabeça e perguntava:> > 'Tudo bom Cabeção?> > O Cabeção, já com seus quarenta e poucos anos, e o cara sempre zombando dele.> >

Um dia, depois do milésimo tapa na sua cabeça, o Cabeção meteu a faca no> zombeteiro e matou-o na hora.> > A família da vítima era rica; a do Cabeção, pobre.> >

Não houve jeito de encontrar um advogado pra defendê-lo, pois o crime tinha> muitas testemunhas.> > Depois de apelarem pra advogados de Minas e do Rio, sem sucesso algum,> resolveram procurar um tal de 'Zé Caneado', advogado que há muito tempo> deixara a profissão, pois, como o próprio apelido indicava, vivia de porre.> >

Pois não é que o 'Zé Caneado' aceitou o caso? Passou a semana anterior ao> julgamento sem botar uma gota de cachaça na boca!> >

Na hora de defender o Cabeção, ele começou a sua defesa assim:> >
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.> >

Quando todo mundo pensou que ele ia continuar a defesa, ele repetiu:> >
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.> >

Repetiu a frase mais uma vez e foi advertido pelo juiz:> > - Peço ao advogado que, por favor, inicie a defesa.> > Zé Caneado, porém, fingiu que não ouviu e:> >

- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.> > E o promotor:> >

- A defesa está tentando ridicularizar esta corte!> > O juiz:> > - Advirto ao advogado de defesa que, se não apresentar imediatamente os seus> argumentos...> >

Foi cortado por Zé Caneado, que repetiu:> >
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.> >
O juiz não agüentou:> >
- Seu moleque safado, seu bêbado irresponsável, está pensando que a justiça é> motivo de zombaria?> Ponha-se daqui pra fora, antes que eu mande prendê-lo.> >

Foi então que o Zé Caneado disse:> >
-Senhoras e Senhores jurados, esta Corte chegou ao ponto em que eu queria> chegar...> > Vejam que, se apenas por repetir algumas vezes que o juiz é meritíssimo, que o> promotor é honrado e que os membros do júri são dignos, todos perdem a> paciência, consideram-se ofendidos e me ameaçam de prisão..., pensem então na> situação deste pobre homem, que durante quarenta anos, todos os dias da sua> vida, foi chamado de Cabeção!> >

Cabeção foi absolvido e o Zé voltou a tomar suas cachaças em paz.> >